Fomentar a educação e preparar o estudante do presente para o futuro cada vez mais tecnológico. Esta é uma das missões do projeto Include, desenvolvido pelo Instituto Campus Party, que montará mais três laboratórios tecnológicos nas regiões de Paranoá, Sol Nascente e do Parque Tecnológico de Brasília.
Nas novas unidades do Include, os estudantes serão estimulados à iniciação tecnológica com conhecimentos dentro de um ambiente único de inovação, criatividade, conhecimento e empreendedorismo. O projeto que tem como objetivo, fomentar a educação de crianças e adolescentes por meio da tecnologia, promove o ensino da robótica, com material didático exclusivo e prepara no presente os profissionais do futuro, garantindo que os estudantes tenham acesso à informação de qualidade e desenvolvam suas habilidades dentro de um ecossistema totalmente inovador e enriquecedor.
O primeiro laboratório será inaugurado na terça-feira, 28, às 9h em Paranoá. No mesmo horário da sexta-feira, 31, será inaugurado mais um laboratório na comunidade do Sol Nascente. Desenvolvido em parceria com o SEBRAE, MCI, TRON Ensino de Robótica Educativa e Estação Metarreciclagem, o projeto conta com o patrocínio do Governo do Distrito Federal através do seu programa Passaporte para o Futuro, onde serão implementados mais 11 laboratórios de robótica de acesso público, em localidades carentes, onde dificilmente a tecnologia como essa chegaria.
Além disso, nos dias 28, 29 e 30 de janeiro será realizado no Parque Tecnológico de Brasília a formação dos Facilitadores e Monitores que vão atuar nos 13 novos Laboratórios Include que serão abertos no Distrito Federal. Os Facilitadores são os responsáveis por toda dinâmica de aulas e gestão local do Laboratório. “O modelo de Facilitadores foi adotado pelo Include por que acreditamos que a tecnologia não precisa ser ensinada, precisa ser disponibilizada. Os monitores são jovens da própria comunidade que passam pela capacitação presencial e treinamentos contínuos de aprimoramento a distância”, explica Francesco Farruggia, presidente do Instituto Campus Party.
O Secretário de Ciência e Tecnologia, Gilvan Máximo, explica que antes de implantar os laboratórios, foi desenvolvido um trabalho prévio para identificar as principais necessidades das comunidades daquelas regiões e apontar os locais mais adequados à implantação. “Precisam ser locais em que haja um equipamento público com as condições de trabalho adequadas por exemplo, condições de segurança para as crianças e etc. Serão implantados os primeiros laboratórios agora e depois teremos mais onze a serem instalados até o final de fevereiro de 2020, com início das atividades obedecendo o calendário escolar. Além disso, há estudos em andamento para que possamos ampliar o projeto e poder construir mais 100 laboratórios em nosso Estado”, afirma.
Máximo confirma ainda que esses são os primeiros laboratórios no Brasil construídos por iniciativa do setor público, com objetivo de levar educação científica, tecnológica e de inovação à localidades carentes, onde dificilmente chegaria de outra forma. “O Include é um programa que visa promover inclusão social e econômica para crianças e adolescentes de comunidades carentes e ou afastadas dos centros, que são excluídos da tecnologia e que não tem a oportunidade de acesso a esse universo, além de empoderá-los dentro dessas comunidades. Por meio de aulas de eletrônica, mecânica, sensores, robótica e programação, eles aprendem e são estimulados a desenvolver soluções para resolver problemas dentro das suas comunidades, sem precisar acionar pessoas de fora ou sair de lá. E o melhor, sendo remunerados com ganhos monetários para ajudarem as suas famílias”, complementa Farruggia.
O estado da Bahia foi o berço do Include, onde o projeto possui outros quatro laboratórios em funcionamento, localizados nos bairros da Paz e Pernambués, no município de Lauro de Freitas e Canudos. Além destes, o projeto já conta com instalações em Brasília, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e em Pato Branco (Paraná), e está com mais de 100 laboratórios em vias de instalação em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiás, Manaus, Porto Alegre, Alagoas e Rondônia. O projeto tem como objetivo final implementar até 10 mil laboratórios, impactando adolescentes de todo o Brasil por meio da tecnologia.
Instalações e material – O laboratório conta com mobília e equipamentos de primeira linha, como computadores, impressoras 3D, óculos de realidade virtual, entre outros. Os Computadores vêm por meio do Centro de Reciclagem de Computadores, da Estação Metarreciclagem. No laboratório de Paranoá a Internet será entregue pela Acesso Wi-fi Livre. E os materiais e metodologia de ensino são da TRON. O local para instalação, foi cedido através de uma portaria conjunta entre secretarias e outros órgãos do Distrito Federal, seguindo a determinação da transversalidade entre secretarias ocupando de melhor forma os equipamentos públicos existentes.
Sobre o Instituto Campus Party – A associação civil sem fins lucrativos foi fundada em 2009, com o objetivo de incentivar e promover atividades e projetos nas áreas, cultural, educacional gratuita, de inclusão digital, do desenvolvimento tecnológico e econômico, dos direitos estabelecidos, da assistência social e da cidadania.