Reunião Gerencial de 2024 com os Centros de Recondicionamento de Computadores termina com propostas para edital deste ano

Construção tem sido feita de forma participativa e pretende aumentar CRCs pelo país

Foto: Shizuo Alves/MCom

A 1ª Reunião Gerencial de 2024 com os Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs) terminou nesta quinta-feira (18) com a apresentação do edital de 2024 e dos pontos que precisam ser melhorados em cada localidade. O encontro, realizado anualmente, tem o objetivo de alinhamento do Programa Computadores para Inclusão, gerido pelo Ministério das Comunicações.

“Nós temos uma preocupação muito grande com a gestão administrativa desses centros. A gente quer fazer a melhor utilização possível do orçamento que a União destina para esse programa”, observa o coordenador-geral de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações, Gustavo Lima, lembrando que o acompanhamento com os CRCs é quase diário, mas que momentos como essa reunião são “para que a rede pense em soluções coletivas para o melhor uso do orçamento”.

Durante os três dias de encontro, na sede do Ministério das Comunicações, em Brasília, os 21 CRCs apresentaram seus trabalhos, números e metas, e também puderam ouvir uma devolutiva da pasta. “A gente não tem a intenção de apenas entregar equipamentos para essas comunidades. A gente tem que ter cuidado de entender qual é a demanda de capacitação, qual é o nosso público atendido”, destaca Gustavo.

Para o próximo edital, o coordenador explica que a construção tem sido feita de forma coletiva e participativa. Gustavo Lima diz que a intenção é pensar em um edital que atinja todos estados brasileiros. Atualmente, são 21 instituições que fazem a gestão de 27 CRCs e a proposta é que sejam, de fato, 27 espaços físicos espalhados pelo Brasil, o que ainda não acontece hoje.

Um dos institutos que atende a uma população mais remota do país é o Descarte Correto, com matriz em Manaus (AM) e com filiais em Santarém (PA), Porto Velho (RO) e Boa Vista (PB). O público são, basicamente, comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas. “Quando enviamos computadores para as comunidades, são 18 horas, 20 horas de barco até chegar para eles. Então, essa logística é nosso maior desafio”, destaca Alessandro Dinelli, presidente do Instituto.

Com as máquinas que recebem, segundo Alessandro, será possível implementar os cursos de inclusão produtiva. “Muitos jovens terminam a inclusão digital e querem avançar para a qualificação profissional, então vimos essa oportunidade”, complementa o presidente.

Programa

O Programa Computadores para Inclusão é uma ação do Governo Federal, executada pelo Ministério das Comunicações, que tem como objetivo apoiar e viabilizar iniciativas de promoção da inclusão digital por meio dos Centros de Recondicionamento de Computadores (CRC) — espaços físicos adaptados para o recondicionamento de equipamentos eletroeletrônicos, para a realização de cursos e oficinas e descarte correto de resíduos eletrônicos.

Nos primeiros seis meses de 2024, foram criados 600 novos Pontos de Inclusão Digital (PIDs). O projeto também concluiu neste período a doação de 5,6 mil equipamentos para áreas remotas, rurais e escolas públicas do Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.

A pasta já investiu mais de R$ 44,5 milhões em benefício do Programa, que já soma, desde sua criação, um volume de mais de 40,4 mil computadores doados, compondo mais de 2,8 mil pontos de inclusão digital (PIDs), distribuídos em 831 municípios brasileiros.

Quanto aos processos de formação, foram ofertados 169 cursos, resultando na formação de mais de 39,1 mil alunos plenamente capacitados para o mercado de trabalho. Além disso, os CRCs já deram a destinação adequada a mais de 844 mil equipamentos eletroeletrônicos, ultrapassando três mil toneladas de resíduos descartados de forma correta.

Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • Mais informações: imprensa@mcom.gov.br | (61) 2027.6086 ou (61) 2027.6628

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